TEORIA E CONCEPTUALIZAÇÃO 

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Documento analisado em aula sobre os elementos chave para a elaboração de um plano de formação apresentados pelo IAPMEI

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Programas Operacionais do Portugal 2020
Programas Operacionais do Portugal 2020

Quem Mexeu no Meu Queijo? 

(...) os personagens esquecem de que, à medida que fazem uso do queijo, este vai acabando, ou melhor, desgastando. Ao perceberem que o queijo terminou, cada um toma uma atitude diferente - da mesma maneira que cada um de nós, que também assumimos posturas diferentes diante de uma dificuldade, uma mudança. (...)

Cada vez mais a formação é valorizada no seio organizacional e é encarada como um pilar fundamental que permite acompanhar os trabalhadores, auxiliar no desenvolvimento de capacidades individuais e atingir os objetivos organizacionais. No entanto, para que os proveitos potenciais da formação se transformem em resultados efetivos, é essencial que a formação esteja alinhada com uma visão estratégica da gestão de recursos humanos.

Posto isto, segundo Gomes e Santos (2012), a elaboração de um plano de uma ação de formação compreende quatro fases:

  1. Diagnóstico de necessidades;
  2. Planeamento;
  3. Execução;
  4. Avaliação da formação.

1. DIAGNÓSTICO DE NECESSIDADES

Na primeira fase efetua-se um levantamento de necessidades que permite identificar disfunções existentes nas organizações e que podem ser solucionados através de uma intervenção formativa. Segundo Cadim (1998), o diagnóstico ajuda na identificação de desajustamentos e desatualizações e pretende resolver estes problemas através da intervenção formativa (Cardim, 1998).

2. PLANEAMENTO

A segunda fase, implica uma série de perguntas que necessitam de resposta tais como "para quê formar?" "Quais os objetivos ou resultados esperados?"; "A quem se deve dirigir a formação?", "Quem será o formador?" "Qual o conteúdo da formação?" "Onde formar? - Local, Órgão, Entidade?" "Quais os métodos de formação?"; "Quais os recursos necessários?" ‐ "Qual a época e horário da formação?"; "Quanto vai custar?" Gomes et al., (2012)

Resumindo, estas perguntas permitem-nos identificar quais são os elementos imprescindíveis para elaborar uma ação de formação: 

3. EXECUÇÃO

A terceira fase diz respeito à realização do que anteriormente planeado. Para além disto, permite recolher informação e detetar eventuais ajustes que sejam necessários fazer. No entanto, isto só é possível se ao longo de todo o processo existir um trabalho de proximidade e acompanhamento.

4. AVALIAÇÃO DA FORMAÇÃO

Por fim, realiza-se a última etapa do processo formativo - avaliação da formação.

Em primeiro lugar, é essencial entender: 

O que é a avaliação? O que é avaliar?

A avaliação segundo o autor Stufflebeam (1993), é um processo pela qual se obtém, delimita e fornece informação útil com vista à tomada de decisões.

"Avaliar é uma atividade natural do ser humano que, constantemente, consciente e/ou inconscientemente, faz juízos de valor, resultando daí diferentes posicionamentos perante o mundo que o cerca." (Alves, 2004:11)

Avaliar é um processo e não um produto.
Avaliar é pensar na educação e formação e ela própria é uma politica.

Para Hadji (1994), a avaliação não se restringe a um conceito exato, mas a um conceito de "avaliação plural" visto que a palavra "avaliar" detém múltiplos significados e dimensões.

Quando a avaliação está articulada com a formação e está presente ao longo de todo processo formativo, esta permite fomentar melhorias e ajustar as atividades formativas de forma a dar sentido à ação de formação numa lógica de continuidade. 

A crescente importância com a avaliação da formação assim como a sua relevância no processo formativo, fez com que surgissem propostas de MODELOS DE AVALIAÇÃO para a formação. 

Mas antes impõem-se três questões: 

  • O que é um modelo? 

- Modelo é uma noção aplicada em vários contextos e com aplicações diversas: "modelo teórico", "modelo de análise", "modelo matemático", "modelo tecnológico" etc;

- É uma representação conceptual que permite tornar inteligivel um fenómeno, situação, um processo (Lopez & Figari, 2012);

- Pressupõe uma relação entre a teoria (representação) e a realidade empirica (realidade).

  • Para que é necessário um modelo quando se trata de avaliar?

Permite construir um conjunto de hipóteses de trabalho, a partir das quais se pode desenvolver a elaboração dos instrumentos de recolha de dados.

Sem a aplicação de um modelo a avaliação é completamente arbitrária e não há hipoteses de compreendermos os fenómenos. É necessário aplicar um modelo para que a avaliação seja cientifica.

  • Avaliar é uma questão de modelos ou de modelização?

A modelização é a contextualização de um modelo - adaptação de um modelo ou vários ao nosso contexto. É importante que se adapte o modelo ao contexto e ao formando.

A modelização pressupoe uma pluralidade de modelos e métodos de modelização segundo uma postura ativa que visa construir um modelo apto a dar conta de uma situação de avaliação particular (Figari, 2012). 

Modelos de Avaliação 

Apesar de existirem diversos modelos de avaliação, a escolha do modelo deve incidir naquele que melhor se identifica com a problemática em questão para existir uma ligação direta e forte entre aquilo que o modelo se destina a fazer e o que se pretende com a ação da formação.

  • Modelo de Avaliação Plural (Charles Hadji; 1994) 
  • Modelo ICP (Gérard Figari; 1996)
  • Modelo CIPP (Stufflebeam; 2000)

Breve apresentação dos modelos de avaliação referidos 

FINANCIAMENTO 

O financiamento, principalmente de origem pública, é um importante mecanismo que incentiva ao investimento e modernização das empresas nomeadamente ao nível da Formação. Existem três tipos de financiamento: 

  • Financimento público: as fontes de financiamento público podem ser de várias instâncias nomeadamente por exemplo da atribuição de verbas do Orçamento de Estado, de intitutos públicos como é o caso do IEFP etc;
  • Financiamento privado: os próprios indivíduos e o setor empresarial constituem as principais fontes de financiamento;
  • Cofinanciamento: através de programas específicos ou fundos estruturais (FEDER, FEADER, FSE...).

Há alguns riscos de viver apenas de projetos cofinanciados, porque face à mudança, o que vamos fazer?  Neste sentido, devemos procurar também financiamento privado. 

Nas aulas lecionadas, analisou-se a Estratégia Europa 2020 e o Portugal 2020 de acordo com os seus objetivos, prioridades, eixos, programas operacionais e domínios temáticos e também, de um modo geral, como se submetia uma formação a financiamento através do Balcão 2020. 

A Estratégia Europa 2020 veio substituir a Estratégia Lisboa e tem como prioridades: 

  • Crescimento inteligente: desenvolver uma economia baseada no conhecimento e na inovação;
  • Crescimento sustentável: promover uma economia mais eficaz, mais ecológica e mais competitiva;
  • Crescimento inclusivo: estimular uma economia com taxas de emprego elevadas, oferecendo ao mesmo tempo a coesão social e territorial.  

Os 5 grandes objetivos desta Estratégia e os pilares de toda a Estratégia são: 

  • Procurar elevar a taxa de emprego;
  • Melhorar as condições para a Investigação e o Desenvolvimento (I&D); 
  • Reduzir as emissões de gases com efeitos de estufa;
  • Melhorar os níveis de educação;
  • Promover a inclusão social. 

O Portugal 2020 trata-se de um acordo parceria entre Portugal e a Comissão Europeia e que resulta num programa de apoio comunitário às empresas que se destina à aplicação dos fundos comunitários em Portugal para o período de 2014 e 2020. 

As principais temáticas deste programa são:

  • Competitividade e Internacionalização;
  • Inclusão Social e Emprego;
  • Capital Humano;
  • Sustentabilidade e Eficiência no uso de recursos. 

Os objetivos deste programa são sobretudo promover a competitividade e a internacionalização do tecido empresarial português (PME em especial); impulsionar a produção de bens e os serviços transacionáveis; aumentar o empregoreduzir a pobreza, a exclusão social e as desigualdades regionais.

As candidaturas são formalizadas através do Portugal 2020 e o respetivo financiamento é atribuído de acordo com o desempenho das empresas.  No entanto, é preciso cumprir um conjunto de requisitos para se poderem candidatar. 

Fonte: Site Portugal 2020

                                      Material pedagógico disponibilizado pela Docente

No entanto, recentemente, iniciou-se a preparação do novo Quadro Comunitário de Financiamento para o período de 2021-2027 - o Portugal 2030! 

PORTUGAL 2030 de Inês Azevedo

 Breve apresentação do Programa 2030 

Avaliação e Financiamento da Formação | Mestrado em Formação, Trabalho e Recursos Humanos | Universidade do Minho
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